Voltei! Voltei?
A minha cisma de hoje é a superabundância de pronomes retos e possessivos nas traduções publicadas no Brasil. Não sei a quantas anda em Portugal, pois o meu tempo é curto. É como no verso do Chico: "A coisa aqui tá preta!"
Não sei se haverá interessados em número suficiente, mas estou fazendo um levantamento desses artigos excessivos na tradução de um livro do Stephen King. Por incrível que pareça, o pobre autor já teve trocentos tradutores no Brasil, mas todas as minhas tentativas de ler qualquer tradução do dito cujo foram frustradas - embora eu tenha a obrigação de confessar que não tentei ler mais que meia-dúzia. Depois de abandonar a leitura em todas as tentativas, resolvi voltar a esses livros e tentar descobrir o motivo da rejeição, pois acho deliciosos os livros do SK em inglês, então por que seriam intragáveis em português? Descobri que é a tradução, literal demais, um verdadeiro decalque do inglês, o que a deixa pesabunda com tantos pronomes y otras cositas más.
Se eu conseguir engolir pelo menos meia dúzia de páginas, prometo que trago meus comentários a respeito dos trechos mais feios. Em breve num blog pertinho de você.
O Barquinho
Dia de luz
Festa de sol
E um barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão e o amor se faz
Num barquinho pelo mar
Que desliza sem parar
Sem intenção, nossa canção
Vai saindo desse mar e o sol
Beija o barco e luz
Dias tão azuis
Volta do mar desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
É a vontade de cantar
Céu tão azul ilhas do sul
E o barquinho, coração
Deslizando na canção
Tudo isso é paz, tudo isso traz
Uma calma de verão e então
O barquinho vai
A tardinha cai
O barquinho vai..
(Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli)
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