20.3.10




Tiro de misericórdia no maldito POR antes do nome do autor

O argumento (furado) mais usado pelos defensores do simiesco POR antes do nome do autor é o da elipse. Quando aparece o maldito POR, os primatas inferiores costumam dizer que ocorre a elipse de "escrito". Então "por Fulano de Tal" seria o mesmo que "escrito por Fulano de Tal". 
Vou no popular: "Que mentira, que lorota boa!"

Vamos acabar de uma vez por todas com esse argumento xexelento!

Recapitulando, no texto do Karol ele explicava assim a impossibilidade da elipse: 

Dizem os defensores do "por" que existiria um verbo elíptico: "Iracema (escrita) por José de Alencar". Essa argumentação, entretanto não encontra amparo no estilo da língua, tendo em vista que o verbo elíptico, por excelência, em nossa língua (e nas demais línguas neolatinas), se não houver outro verbo anteriormente explícito, é o "ser".

O tiro de misericórdia no argumento da elipse é o seguinte: a elipse sempre deixa claro qual foi o verbo omitido. E não sou a única pessoa a definir assim a elipse. Vejamos o que diz o "Por trás das letras": 


    Elipse
      Omissão de um termo facilmente
      subentendido. Dito ou não anteriormente. (o grifo é meu) 


Exemplo: As mãos eram pequenas e os dedos delicados. [elipse do verbo eram]

Há centenas de páginas na rede que explicam e dão exemplos de elipses, não preciso me deter aqui.

No nosso caso, esse argumento da elípse de "escrito" cai por terra exatamente porque não está claro, não há como saber se é "escrito", pois o verbo omitido poderia ser qualquer outro! O "por Fulano" pode significar "escrito por", "copiado por", "roubado por", "plagiado por", "macaqueado por", "modificado por", "estragado por", "destruído por". "reescrito por" e uma infinidade de verbos, na verdade poderia ser qualquer verbo da língua portuguesa!

E agora? Como se defendem os advogados do maldito por


***********************************************************************


Alguns dias depois, resolvi começar a tirar exemplos do Twitter, para provar que quem pensa em português (e não em inglês simiesco), usa "de", não usa "por" (e os grifos são meus). Por que será que essas pessoas não usam "por" antes do nome do autor? A resposta é óbvia: porque o "de" é a tendência natural da nossa língua e quem não está interessado em macaquear o inglês não imita o "by", porque inglês é inglês, português é português, ora bolas! Conforme for recolhendo pretendo trazê-los aqui.


@tiradoleite: Ontem terminei de ler "O andar do bêbado" de L Mlodinow. Gostei pra caramba, eu indico!


@UtopiaeBarbárie: Twitter oficial do documentário Utopia e Barbárie de Silvio Tendler, estréia 23 de abril nos cinemas.


@livcultura #CulturaVillaLobos recebe hj, às 19h30, o debate de lançamento do livro "O cativeiro na terra" de Jose Martins. Confira:http://migre.me/s7GS


@livcultura Acaba de chegar na #LivrariaCultura o aguardado livro "Bordados" da escritora iraniana Marjane Satrapi - http://migre.me/qWzH





Labels:

2 Comments:

Blogger Sueli A said...

Boa ! Na tv a cabo também escuto esse penduricalho ("programa tal POR Discovery Home & Health"). Não entra na minha cabeça esse troço.

09:38  
Blogger JPS said...

This comment has been removed by the author.

10:18  

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home